segunda-feira, 25 de agosto de 2014


A hora da vingança

O Livro “Naufrágios” veio parar nas minhas mãos como uma indicação de uma pessoa muito querida que, além de me encantar com a breve sinopse que me deu, ainda me emprestou o livro e o discutiu comigo.
O livro conta a história de Isaku, menino de 10 anos, que mora em uma vila muito pobre do Japão situada no litoral, fato que os induz à pesca – sua fonte de sobrevivência já que as terras são inférteis no geral. Todos lá são muito pobres, inclusive a família de Isaku, por isso é comum que membros se vendam sob contrato de servidão a vilarejos vizinhos, o que acontece com o pai do menino, por ser muito forte e por isso conseguir muita comida para a família em troca dos três anos que passaria trabalhando. É justamente esse o tempo de narrativa do livro: os três anos que esperamos esse pai retornar para salvá-los da miséria, enquanto Isaku luta por cumprir a promessa feita a ele: manter a família viva.
O menino crescerá muito nesse período de tempo, aprenderá a pescar, a prover, a amar, a ser homem e a entender os grandes mistérios que circundam sua aldeia. O principal deles diz respeito a um ritual religioso, feito todo ano no inverno, para atrair um milagre mandado pelos deuses, o o-fune-sama. Esse evento se refere a naufrágios de navios nos corais que rodeiam a praia onde fica o vilarejo. Ou seja, todos constantemente rezam para que um navio afunde, pessoas morram para que as mercadorias possam ser roubadas por eles para poderem sobreviver. E essa é a grande discussão do livro: o eu X o outro; quando a minha miséria é tão grande que me faz desejar a desgraça do próximo para que eu possa sobreviver. Esse nada mais é do que o nosso conceito mais intrínseco de animalização.
E tudo sob a liderança de um ancião que interpreta as vontades dos deuses, ou seja, o povo ainda acredita que faz isso por vontade de divindades e que a morte dos outros nada mais é do que cumprir a vontade dos deuses. Os habitantes até chegam a se valer de estratégias para atrair os navios para os corais. Portanto, ao longo do livro todo, fiquei intrigada com o modo que o escritor puniria – pois isso tinha de acontecer - o povoado por tais atos e os elucidaria sobre seu egoísmo e cegueira moral. Mas só o primeiro ocorre.
Fiquei encantada com o modo de mostrar a passagem do tempo pelo narrador. Nos primeiros capítulos, aprendemos tudo sobre a pesca de polvos, sardinhas, extração de casca das árvores, fluxo de libélulas e cores da montanha; para depois o narrador se valer desses elementos para nos mostrar quando chega a primavera ou quando a temporada de o-fune-sama está para começar. É lírico, ao mesmo tempo que sábio, ao mesmo tempo que revelador do primitivo.
E por falar em primitivo, temos a sensação de que tudo ocorre numa época muito anterior a nossa, pois ainda há clãs no Japão e quase não se fala sobre dinheiro, como se a sociedade fosse constituída com base no escambo. Portanto imaginei que o período fosse algo como a nossa Idade Média ocidental.
Porém mais do que isso se aprende com o livro. Me choquei, ao mesmo tempo que me inspirei, com as lições sobre educação e família. Primeiro que tudo no livro é justificado com obediência, que passa pela familiar, educacional, basal – que nos falta tanto aqui em terras brasileiras -, e depois pela cega, que os leva a seu destino punitivo. Sobre a primeira, não consegui conter meu ridículo julgamento de valor em achar cruel o modo como a mãe trata seus filhos: de modo seco, sem afeto e sempre rígido, mas que os engrandece e os torna mais preparados àquele tipo de vida, meio à la Fabiano de “Vidas Secas”.
Adorei também como Isaku, mesmo sendo franzina, baixinho e magrelo, aceita seu condição em comparação aos demais colegas. Não há bullying por parte dos amigos, nem depressão por parte do menino por não se encaixar, nem violência latente. Há aprendizado. Isaku se espelha nos colegas para tentar ser melhor e se auto-construir. Não busca competição, ou vingança ou cortar os pulsos, como muitas das nossas literaturas nos incitam hoje em dia ao menor sinal de fraqueza, diferença ou rejeição. O menino se torna, só nessa cena, muito melhor do que muitos de nós juntos.

Há descrições que beiram o naturalismo, ao mesmo tempo que são mescladas com a ingenuidade infantil sobre o sexo, que é permeada pelos ensinamentos culturais; tudo dentro de uma linguagem acessível, lírica que se faz sozinha, como que brotando no livro linha a linha.
Escrito por Unknown Data: 8/25/2014 08:34:00 PM Comente! LEIA TODO O TEXTO!


Bienal do Livro – 2014

Bom, fui à Bienal no susto! Tudo estava programado para acontecer no segundo fim de semana, correspondente aos dias 30, 31, mas, por forças maiores do destino... não deu. Fui dia 23.
Não queria passear pela Bienal no primeiro fim de semana por dois motivos: 1. pois sinto que é o momento mais cheio dela, porque ainda é novidade e tudo pode ser visto e comprado em primeira mão; 2. porque no sábado muitas escritoras famosas estariam lá e causariam (como causou) uma muvuca assustadora ao passantes distraídos – leia EU.
Meu objetivo com a Bienal não é acompanhar as palestras e falas dos autores, editoras e bloggueiros, mas sim passear, ver lançamentos e pegar promoções que nunca mais encontrarei. Nada contra os palestrantes, magina, mas é que tudo é muito desorganizado. A distribuição de senhas é injusta, há muito mais gente que espaço, o áudio é terrível e me parece que o evento é feito exclusivamente para vender e não para ensinar. Então, já que não posso lutar contra isso, abracei a ideia e fui gastar dinheiro em livros. Deixo as palestras para a Flip.
Mas, primeiro, eu tinha que conseguir entrar! Mas como não havia me preparado: tive que comprar o ingresso no local. Meu Deus! Que perrengue. Mais de uma hora de fila, debaixo do sol, com zig-zags que matam quem tiver labirintite, mas entrei. Por isso:
DICA 1: Compre os ingressos pela internet com antecedência e evite filas.
Assim que cheguei, encontrei um grupo de alunas lindas que já me indicaram umas promoções sensacionais e me situaram quanto à dificuldade de passar cartão de crédito e sobre a localização de algumas editoras que queria visitar. Por isso:
DICA 2: Arrume um mapa da localização das editoras, porque ficar caçando no meio da galera não vai rolar e nem sempre você tem alunas fofas como eu – estou me gabando porque elas são xuxus mesmo.
DICA 3: Leve dinheiro em espécie. O sinal lá é horroroso e as máquinas de cartão param de funcionar o que só aumenta a fila que já é maior naturalmente. Sem contar que muitas promoções se referem apenas a compras em dinheiro.
Bom, minha meta era entrar na Zahar, comprar a edição capa dura de “Os Maias” e ir embora feliz gastando 5º reais. Não rolou, porque quando vi as bancadas de livros a 10 reais cada, não resisti. E comprei alguns – 5 pra ser sincera.
Depois passei por várias editoras menores, conheci nomes de autores novos, edições bem bacanudas e consegui efetivamente mexer nos livros por conta do público ser menor. Por exemplo, não consegui entrar nem na Saraiva, nem na Record por conta da superlotação – eles impediram a entrada (?).
Nesse passeio, descobri que, por ser professora, tinha descontos muito bons para mim o que ajudou MUITO na compra de muitos livros. Portanto:
DICA 4: Se você for professor, bloggueiro, da imprensa e afins, cadastre-se antes na portaria/internet para obter entrada mais rápida, às vezes de graças, e desconto nos livros.
Aí, resolvemos comer.
DICA 5: Não coma na Bienal. Comida cara, ruim, demorada, mal feita, sem lugar pra sentar e com muita sujeira a seu redor. Os coitados dos serventes não dão conta do lixo produzido, nem os cozinheiros dos pedidos. Sério. Não valeu a pena o hot-dog só de salsicha e batata palha que comi, que mais melecou todo o espaço do que encheu minha barriga. Ah... isso me leva a:
DICA 6: Não beba. A fila do banheiro era quase do tamanho a da entrada. Eles realmente não querem que você faça xixi lá.
Finalmente cheguei à Zahar. E estava super feliz até perceber que ela e a Cia das Letras estavam unidas no mesmo estande – DIVIDINDO O MESMO CAIXA!!!!! -, oi? Sério mesmo? As duas maiores editoras dividindo estande, dificultando tráfego, pagamento, organização dos livros, atendimento de funcionários... foi um caos. Havia sim promoções boas, mas que só compensaram a fila de 1h40 porque eu tinha tempo de sobra. Lá, frente a tantas tentações, desisti de comprar “Os Maias” e dei prioridade para novos livros – uns 6. Só aproveitei aquilo que estava barato mesmo ou que nunca mais ia achar ou me lembrar do nome, porque certas coisas a feira da USP, que ocorre no fim do ano, oferece com melhor qualidade e menor custo.
Mas aí eu já estava carregando 17 toneladas de livros e meu noivo também e comendo açaí ao mesmo tempo, passando calor e na muvuca... aí... aí... cansei.
DICA 7: Leve uma mochila, porque as sacolas dadas são péssimas - a não ser a da editora Unesp e a da Cia das Letras –, o que vai facilitar sua locomoção.
Visitei outros estandes com muita rapidez, pois já era mais de nove da noite e eles estavam nos expulsando. Sinto que faltou ver muita coisa, mas estou sem pique de voltar ao furor 25 de março dos cultos. Vou guardar meu rico dinheirinho para a feira da USP.

Saldo do dia:


   
   1.      Rumo aos anéis de Saturno
   2.     Voos e sinos e misteriosos destinos
   3.     A elegância do ouriço
   4.     A vida secreta das abelhas
   5.     A invenção das asas
   6.     A insustentável leveza do ser
   7.     Saramago – Biografia
   8.     A vida secreta dos grandes autores
   9.     Só perguntas erradas 1
   10.  Só perguntas erradas 2
   11.   Mariah Mundi – A caixa de Midas
 12.  Mariah Mundi – Os diamantes fantasmagóricos
 13.  Mariah Mundi – A nau dos insensatos
   14.  MUITO CANSAÇO!!!! Por isso:



DICA 8: Vá de tênis e leve um RedBull.
Escrito por Unknown Data: 8/25/2014 07:59:00 PM Comente! LEIA TODO O TEXTO!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Quando o lírico vence o épico

Finalmente tomei vergonha na cara e li “Romanceiro da Inconfidência” de Cecília Meireles. Fiz um trabalho sobre ela na faculdade durante mais de dois anos e, ainda sim, não havia lido seu mais famoso livro, que a colocou dentre os melhores poetas de língua portuguesa.
Esse livro, diferentemente dos outros, como “Viagem”, “Vaga Música”, “Mar Absoluto”, é composto de diversos poemas que montam uma história só. Ou seja, os poemas podem ser sim independentes, mas, quando lidos num todo, nos narram um dos grandes atos históricos brasileiros: a Inconfidência Mineira. Algo semelhante é feito dentro da obra dela com seu livro póstumo “Cânticos”, que é composto de 26 poemas que fazem uma elegia e incríveis discussões sobre a morte; entretanto neste aqui não há uma narrativa, já que todos os poemas são apenas líricos, mas que retomam ideias uns dos outros e dialogam entre si.
Portanto, melhor começar definindo o que é lírica e o que é épica, dois gêneros que supostamente não deveriam se misturar na literatura clássica. O gênero lírico se incumbe de expressar sentimentos, por isso é mais abundante na poesia, temos nele apenas uma voz que fala como se sente ou define um sentimento através de imagens; já o épico propõe narrativas, ou seja, contação de história, com personagens, ação, tempo, espaço etc. “Romanceiro”, como o nome já diz, se propõe a fazer o que um romance faz: narrar uma história, mas não como um cancioneiro – através do canto, da música -, mas através da escrita, tornando-se épico, assim. Porém o enredo todo é organizado e nos apresentado sob uma óptica crítica e extremamente sentimental, ou seja, lírica.
Nosso narrador é apaixonado pelos personagens Tiradentes, Gonzaga, Alvarenga; e se mostra desiludido com nosso delator. Talvez por isso se esquece de narrar os fatos em si, cronologicamente, descrevendo as cenas propriamente, pois foca apenas no que o bêbado da esquina sentia, na história do carrasco, na noiva apaixonada que ficou por casar, na ganância humana etc. Vemos a história como que “de cima”, sobrevoando os cenários e adentrando a corações sem conseguir mesmo ver a história ocorrer, por isso julgo necessário que o leitor deste livro conheça o mínimo sobre a Inconfidência para poder aproveitar a obra de Cecília.
Apesar de “Romanceiro” já quebrar as regras esperadas de si misturando gêneros, o livro vai além, pois impõe uma crítica muito interessante à nossa nobreza, representada pela rainha, que se via de mãos atadas por fazer justiça já que era louca, mas mesmo assim rainha (?). Crítica também à população que era sim descontente com as cobranças, violência e altos impostos provenientes de Portugal, mas que em nada ajudou a revolução, e que, na verdade, quase que a traiu ao ir assistir aos enforcamentos e aplaudir como se fosse uma festa. Mas crítica maior mesmo é ao ouro, sim, nosso grande culpado, de acordo com Cecília, que causou ganância em todos, motivo único da nossa luta e da delação.
O livro é de uma sensibilidade incrível, que parece música em certos trechos. Em versos curtos, redondilhos em grande parte, rimados mesmo que desordenadamente e com coros, seja dos anjos ou da população, a autora nos mostra uma nova visão da primeira tentativa do Brasil de se fazer independente. Cecília se baseou mais nas cartas, nos depoimentos pessoais e na história oral, do que na grande pesquisa de cunho histórico que também fez ao longo de mais de três anos. Pensou mais dos dissabores, nos amores, nos interesses, do que nas ações, pois essas são apenas meros reflexos de vontades mais complexas.

A edição comemorativa de 60 anos é muito indicada. Traz textos teóricos, críticas literárias, depoimento da própria Cecília sobre a escrita do livro e muitas fotos da autora passeando por Ouro Preto. De capa dura e muito bem caprichada, é muito atrativa além de eficaz.
Escrito por Unknown Data: 8/18/2014 01:31:00 PM Comente! LEIA TODO O TEXTO!

domingo, 10 de agosto de 2014


Sobre conquistar a Lua

Primeiro de tudo é importante frisar que este livro é um livro pra crianças, de faixa etária que não passa dos 12 anos. Sei que é algo meio fora do que estamos acostumados a ler ou a comentar, mas acredito que a literatura infantil brasileira tem tanta coisa boa a oferecer que não pode ser ignorada. Especialmente pelos adultos, que irão formar nossas crianças também escolhendo o que elas vão ler.
O livro é metafórico do início ao fim. Genial em alguns aspectos. Que traz desde informações óbvias, que qualquer criança captará, até comentários e piadas mais complexas, que exigem, portanto, um acompanhamento adulto – de professor ou de família – para que o livro possa ser apreendido como um todo, sem deixar escapar nenhum dos seus maravilhosos detalhes. Por exemplo, um dos focos do enredo é a história de amor entre Luna Clara e Apolo Onze, personagens que dão título ao romance. Os nomes das personagens, não só dessas como de TODAS no livro, são metafóricos, ou seja, referem-se não só àqueles seres, mas a informações maiores. No caso de Luna e Apolo, não vemos apenas como um garoto de 13 anos consegue conquistar uma menina, mas como os grandes amores - regados a muita determinação, falhas, desencontros, medo e, finalmente, sucesso - nos levam a grandes conquistas, talvez como a da Lua, feita pela expedição Apolo Onze.
Obviamente a linguagem é óbvia, porque é óbvio que é assim que se fala com criança. O quê? Você está bem, Nathália? Estou sim. A linguagem pode ser óbvia, mas não deixa de ser rica e trabalhada, usando tudo quanto existe de figuras de linguagem, como o pleonasmo, exemplificado pela minha frase acima, que brota no livro nos momentos exatos, criando a atmosfera de humor e crítica que o permeia todo. O trabalho artístico foi bonito demais, pois mistura sim a linguagem acessível, com a complexidade de uma literatura de qualidade e de um enredo incrivelmente arquitetado. Em “Luna Clara & Apolo Onze” você descobre a multiplicidade de clímax, alinearidade narrativa, ironia, crítica social, regras de pontuação, história do mundo, de bandas e de livros, intertextualidade, figuras de linguagem e outros múltiplos aprendizados que são incorporados a uma história complicada de bonita.
Há sim algumas coisas que mudaria, infelizmente. A edição é linda, mas as ilustrações são óbvias demais, que interrompem a imaginação da criança. E o enredo tende muito mais a agradar às meninas, pelo foco central da história ser a busca de um amor - pelo pai e pelo marido – e não nas aventuras do percurso. Mas ainda sim o livro é uma graça.
Não há como não se apaixonar por uma personagem como Aventura, que pelo nome já veio desgraçada a viver perigosamente, sempre no meio de suas irmãs conflitantes: Divina – que só ri – e Odisséia – que só chora. A garota que logo vira mulher e mãe se apaixona por Doravante, o homem que escolheu amar daquele dia em diante, que fala rápido porque tem pressa de ser feliz, mas que logo perde sua sorte tentando provar seu amor, e que ganha por consolação uma nuvem de chuva constante sobre sua cabeça, que o segue por todos os lugares, amaldiçoando-o, mas se tornando também o único modo de sua filha achá-lo. Ai... é lindo... inteligente...

E como Ziraldo mesmo disse na apresentação do livro, dá uma certa invejinha por não ter sido eu a escrevê-lo. Estou feliz pelas crianças que lerão este livro.
Escrito por Unknown Data: 8/10/2014 08:47:00 PM Comente! LEIA TODO O TEXTO!

terça-feira, 5 de agosto de 2014


Mais do mesmo

Sinto que essa resenha será bem parecida com a feita sobre o primeiro livro da série. Todas minhas críticas permanecem:
1. A escritora continua escrevendo muito mal. Personagens mal construídas, cenas corridas, diálogos confusos e sem consistência, previsibilidade de ações e falas. Mas a situação piorou aqui, pois ela tenta introduzir um mistério sobre a paternidade de Jace na história de maneira tão óbvia que de mistério mesmo não há nada. Até o Dan Brown faz melhor que isso.
2. A Clary está mais chata ainda, porque ela gosta de um e fica com outro, exatamente como a Bela em certo livro da saga “Crepúsculo”.
3. Ainda há muita cópia de "Harry Potter", como o espelhinho que Jace carrega, oriundo de um portal por onde seu pai fugiu, que é idêntico ao que o Harry guarda para tentar falar com Sirius, que morreu; ou a Inquisidora sendo idêntica à Dolores Umbridge – ambas malvadas, que odeiam o protagonista, e que se dizem seguidoras da lei, mas que a manipulam a seu bel prazer.
Porém foi o Simon que me decepcionou nessa história, isso porque ele era meu único personagem aceitável. Ele deixou de ser humano. Por quê??? Ele estava tão bem representando a normalidade e as pessoas que podem ser importantes mesmo não tendo nenhuma característica marcante. Não!!! Ele teve que virar vampiro. Mas o pior de tudo é que ele se transforma num cachorro com as mulheres. Porque larga da Clary, depois de seu romance de 30 segundos, para ficar com a lobisomem que gosta dele. E ele o faz só para se sentir bem, para se sentir amado. Mas condenando a coitada à antiga posição infeliz em que ele se encontrava: estar com alguém que não te ama da mesma maneira. Aff...

Triste... mas talvez insista no erro e leia o terceiro pelas promessas que muitos me fizeram de a série melhorar muito nesse volume; e também, confesso, por algumas incógnitas terem me deixado curiosa... Mas não curiosa o suficiente para sair correndo e comprar o próximo livro já; quem sabe quando estiver de bobeira numa livraria, daqui uns três meses...
Escrito por Unknown Data: 8/05/2014 03:21:00 PM 2 comentários LEIA TODO O TEXTO!
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